sábado, 3 de dezembro de 2011

A vida é cega - Parte VI - Memorial dos Demônios Reinantes.









































"Como se na caça de alimento urgente mesmo tendo devorado quase uma trezena de pobres mercadores e
 seus milhares de clientes em uma feira anual de inverno, o demônio insistia em rezar sua regra fétida
 nivelando inominados como se soubesse que todos eram ele e merecessem seu mesmo castigo..."

Trecho de ‘Justicar blood – O incremento da dor’; 
HUNTER, Jack; 2009; sem editora.


Bana sempre desconfiara que a boa vontade de Jack hunter para com ele seria lúcida de cônscia de suas
 intenções escusas acerca da raiva que sentia pela froça inata de Hunter, nunca teria entendido porfim qual 
seria o motivo de nunca ter notado uma sequer faisca de desejo de vingança ou expurgo nos olhos, nunca teria
 conhecido a compreensao o pobre diabo.

Martina bateu de cabeça no pesado portão por descuido do monstro Jack Bana, arquirival de seu pai Jack Hunter,
 ao adormecer sonhou com o arremedo de lembranças que o local aonde estavam havia a feito recordar, se lembrou 
que seu pai havia frequentado aquela casa e se lembrou de haver ido algumas vezes com ele, uma festa, sempre 
uma festa, pessoas bebendo algumas cantando mas sempre de preto e sempre com um sorriso e um olhar que
 emanavam ao mesmo tempo uma extrema alegria e uma extrema furiosa FOME...

Lembrou-se de que seu pai sempre a deixava numa sala ao lado, mas sempre curiosa e destemida arriscava passeios
 pelo salão, provocando os olhares de homens e mulheres que mais poderiam ser descritos como criaturas...

Jack Bana havia preparado um local para manter Martina cativa e apos deita-la no colchao disposto no chao, trancou
 a pesada fechaduura da porta e pôs-se a cozinhar cogumelos, vagens secas e cenouras de aparência duvidosa, 
creia-se que era uma sopa para ele e para a refém...

(CONTINUA)
 


 



sábado, 4 de setembro de 2010

A vida é cega - Parte V - Na boca do covil.

Leia aqui a parte IV


“E não bastasse o sofrimento dos anjos, ainda lhe pediam o sangue dos inocentes cordeiros e como um demônio que suga a alma de um pacato, devora-lhes jorrando o sangue pela areia grossa.”

Trecho de ‘Justicar blood – O incremento da dor’; HUNTER, Jack; 2009; sem editora.
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Em outro momento Martina não teria sido pega tão facilmente, pois apesar de sua frágil figura que  - ignorando seus 36 anos, lhe dava o aspecto de uma garota de não mais que 18, ela foi treinada por Jack Hunter, assim como o próprio ogro Bana.

Como que acordando aos poucos do transe induzido pelo golpe de Jack Bana, Martina logo percebeu que não poderia demonstrar sua recente lucidez sob o risco de ser novamente desacordada, ao invés disso entreabriu  levemene as pestanas, minimamente necessário para registrar referências dos caminho que faziam. 

Sua mente arquiteta já iniciara um plano de escape e dominação daquele ser asqueroso.

Bana reflete: Jack Hunter deveria estar aqui para ver sua princesa ser carregada por seu ex-discípulo, ex porque ele me escurraçou do treinamento por fazer negócio com mercadores orientais pra tráfico de ópio.

Jack Hunter ainda teria o perdoado e mais algumas outras coisas, porém a tolerância de Hunter pareceu ter despertado em Bana um certo rancor que se tornou um ódio de eras.

Chegam a porta de um casarão velho e Bana abre com um chute o portão de ferro enferrujado que rangia como cabras estridentes.


Martina treme pois conhecia aquela casa e os pensamentos que a remetiam não eram nada reconfortantes...



Continua.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

As fontes de Gardaetius - Parte III







Leia aqui a parte II


Rama era uma indiana que morava por ali havia alguns anos. Começou lavando roupas para Madame Gerrasuý e quando o Dr. Gerrassuý veio a falecer, foi convidada pela viúva a ajudá-la na pequena, mas afamada tabacaria que o marido a deixara.

Era nova, na aurora de seus 20 anos e sem ambições maiores do que ser a madame de seu próprio doutor assim como a refinada Madame Gerrasuý.

Gardi, nosso primoroso tabagista, frequentava a pequena tabacaria em que trabalhava Rama e, das diversas vezes que ia comprar seu fumo - e com mais frequência seus cinzeiros, gastavam mais do que meia hora conversando sobre tabaco, alegria e o quanto Rama não se importaria em lavar os cinzeiros de seu marido, caso o tivesse. E Gardi retornava a sonhar, acordado e dormindo, com Rama. Vai ver associava a moça ao cheiro do tabaco.

Junnelle por sua vez, não estava satisfeita com a ausência do marido, principalmente pelo evento em que Gardi passou 2 horas explicando o que raios era rama, palavra que ele repetiu dormindo e que ela ouviu.

Junnelle era geniosa e não gostava de pensar estar sendo enganada, aliás, Junnelle não gostava de muita coisa.
Era uma pessoa meio perturbada...

(continua)

A vida é cega - Parte IV - A espera.








 se não bastasse o bater de dentes irritantes dos espancados, ainda restava o cheiro fétido da carne em decomposição. Não havia dúvidas, somente a primeira batalha da guerra começara para os malditos..."

Trecho de ‘Justicar blood – O incremento da dor’;




Bana não seria o tolo de extinguir Martina. Só queria ter o gosto de saber-se responsável pelo frio na espinha de um Hunter.

A coragem dessa gente deveria ser quebrada, e Bana não tinha intenções de ser gentil, muito menos agradável. O que quer que esperava Martina naquele buraco sujo a que ele chamava de casa, era algo que a estava esperando há tempos...

e ansioso!

Bana se dirigiu ao final do beco carregando facilmente a frágil Martina em seus gigantescos ombros. Seu destino era certo, o Covil da Besta...

(continua)

segunda-feira, 8 de junho de 2009

As fontes de Gardaetius - Parte II



Leia aqui a parte I


Gardi é um entusista do tabagismo pipeano, um cachimbeiro de primeira linha. Daqueles que conhecia tudo o quanto houvera sobre a arte da baforação defumante. Era pra ele uma razão para viver.


Junnelle, sua companheira de tanta fuligem, se acometeu de uma tremenda reação alérgica ao tabaco, mas não a qualquer tabaco, mas justamente daquele tipo, cujo gardi se orgulhara em ser conhecedor e pior colecionador. Ela desde então se recusara a limpar seus cinzeiros e Gardi, adepto que é dos exercicios do corpo, preferia jogar fora o cinzeiro a limpar. - Não é trabalho de homem, bradava, Macho.


Claro que isso causou problemas no âmbito da economia doméstica, pois cinzeiros para cachimbo são artigos de alto custo.


Porém Junnelle não queria mais saber de fumaça e fuligem e decidira por sua vez, não mais tocar em nada daquela parafernalha fedentesca.


Gaerdaetius começou a ter pensamentos estranhos sobre a moça da loja de tabacos, vez que, em virtude do habito novo de comprar cinzeiros, passara a frequentar mais a tabacaria.


(Continua)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

A vida é cega - Parte III




Leia aqui a parte II






"Lux Inferium era uma casta secreta de vis criaturas que preparavam o caminho para a dominação dos anciãos, até que desprezaram aquele que seria o unico a poder lhes destruir..."

Trecho de ‘Justicar blood – O incremento da dor’; HUNTER, Jack; 2009; sem editora.

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A constituição física de Jack dava a impressão de um grande e forte ogro que não se interessava muito pelo sol.
O fato de ele viver em um porão mal iluminado e úmido, bem como seu pouco interessse por assuntos relativos a higiene lhe atribuíam um odor que compunha a bizarrice de sua figura.

Martina não imaginava ao se dirigir a casa de seu namorado que o caminho que escolhera seria o primeiro passo a uma sucessão de eventos que deixaria Ulisses cansado.


- A Senhora saberia me informar as horas?


- S... Sim, nove horas


- Resposta errada!



(continua)

segunda-feira, 25 de maio de 2009

As fontes de Gardaetius.


Um sujeito pacato, rançoso, mas pacato.


Se submetia as veleidades românticas, mas não tolerava a indiscrição.


Seria como um Don Juan Troglodita, mas sem a parte dos excessos machistas, pois é muito contemporâneo ser machista e Gardi, como era conhecido, sempre se gabou de ser um cavalheiro de tempos idos.


Queria um gesto de carinho e esse gesto poderia ser a devoção de sua fêmea a seus defeitos e amargores.


Gardi não queria uma serva, uma escrava no lugar de sua companheira, mas alguém que não se importasse em limpar seus cachimbos.


Poxa, não fazia sentido alguém que o amasse não compreendesse o quanto seria precioso ter disponivel seus cachimbos naquele momento em que mais o desejaria degustar.


Gardi era um romântico funesto.
Continua...