segunda-feira, 25 de maio de 2009

As fontes de Gardaetius.


Um sujeito pacato, rançoso, mas pacato.


Se submetia as veleidades românticas, mas não tolerava a indiscrição.


Seria como um Don Juan Troglodita, mas sem a parte dos excessos machistas, pois é muito contemporâneo ser machista e Gardi, como era conhecido, sempre se gabou de ser um cavalheiro de tempos idos.


Queria um gesto de carinho e esse gesto poderia ser a devoção de sua fêmea a seus defeitos e amargores.


Gardi não queria uma serva, uma escrava no lugar de sua companheira, mas alguém que não se importasse em limpar seus cachimbos.


Poxa, não fazia sentido alguém que o amasse não compreendesse o quanto seria precioso ter disponivel seus cachimbos naquele momento em que mais o desejaria degustar.


Gardi era um romântico funesto.
Continua...

A vida é cega - Parte II - LuxInferium




Leia aqui a parte I




Bana havia refutado os ensinos de Hunter e fora maculado com a sina dos punhais tergiversos. Não havia crime que sua consciência não sentisse. Todos os golpes de ferro contra carne viva são sentidos em sua mais profunda inocência. Bana se arrepende, mas a próxima dor sempre o faz querer devorar-se como a serpente-mãe da raça humana e sua natureza derivada em sementes putrefadas.”



Trecho de ‘Justicar blood – O incremento da dor’; HUNTER, Jack; 2009; sem editora.
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Os vultos costumam ser cínicos em suas rajadas de brisas e os olhos não mais sentiam o calor do sangue. Eles são um só, o doce punhal retorcido e o jovem decrépito sem alma e enrijecido.


Os vultos se dissipam e a bela estira suas pernas em uma direção que – não fosse seu patente desprezo pelas religiosidades, diria ser um agrado de Deus.

Martina era a décima quinta geração dos Hunter...

E Bana Sabia.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

EngineFusilliBarbante - "A vida é cega" - Parte 1


(E tudo o quanto lhe fora preciso fora negado, não por não se haver recurso, mas por se haver desprezo...)


"Nada vai ser como deveria... NADA! - Jack Bana."


Um sopro de vento denso e cinza cobre de fuligem o rosto magro e envelhecido por substâncias toxicas oriundas de sua mente perversa e submissa aos anseios das trevas. Uma gota de sangue jorra do ventre de uma cadela que ao parir seis filhotes cegos - uiva, condenando a lua.


A fuligem sobre os olhos vermelhos de retinas palidas não cerram seu olhar perplexo diante de sua vitima. Uma maquina de vingança e odio, que não teme lei ou forte. Saca sob a capa densa de couro preto rachado e remendado com recortes de carpete, o punhal longo, sujo e com um fio que cortaria seus pensamentos, mesmo se considerando a densidade de sua vibração mental...


(Continua)